Por:
José Veloso da Costa
Mestre em Gestão e Políticas Públicas pelo ISCSP-UL;
Pós-Graduado em Segurança Nacional pelo InIS/ISCSP e Licenciado em Ciências
Política pela ex-FLCS da UAN.
veloso2009@gmail.com
Resumo
O presente artigo faz uma análise a empresa Sonangol E.P.
e a dependência da economia angolana da exportação do petróleo, posteriormente aborda os riscos derivados das tecnologias exponenciais no sector dos
combustíveis, mais propriamente na indústria automóvel e aeronáutica que
indiciam a queda da procura dos combustíveis fosseis, nos próximos tempos.
Na parte final, chama atenção a necessita de adoptar a
estratégia da Tripla Hélice (cooperação Governo-Universidade-Empresa), na perspectiva de desenvolver alternativas a petro-dependência, resilience da economia, bem como alternativa(s) para uma economia
sustentável.
Introdução
O presente artigo decorre da necessidade de criação
de sustentabilidade e resilience da
Sonangol EP e da economia angolana, face ao crash
do petróleo de 2014, bem como o investimento feito por empresas e estados para
a produção de combustíveis “limpos”.
O objectivo é propor a Tripla Hélice como modelo e meio para estimular a inovação (Tecnológica) com a finalidade de criar novos produtos,
processos e até mercados, a fim de fomentar, financiar e efectivar a
diversificação da economia.
No que toca a metodologia, foi feita a revisão da
literatura e recorremos a conceitos de Schumpeter, Henry Etzkovitz, Ipiranga
e Horta e Dos Santos. Privilegiou-se a pesquisa qualitativa, com base nas
técnicas de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.
Sumário: 1. A Sonangol EP; 1.1 O
Petróleo; 1.2 A exploração do petróleo em Angola; 1.3 A economia angolana e a
crise do petróleo; 2. Tecnologias exponenciais; 3. Tripla Hélice como
estratégia para resilience da
economia; 3.1 A inovação; Conclusões;
Referências.
1. A Sonangol EP
Fundada em 1976, a empresa tem como Core Business baseado no sector petrolífero, na área de exploração e
produção de petróleo, bem como de gás natural. A sua Missão a promoção da
sustentabilidade e do crescimento da indústria petrolífera nacional, de forma a
garantir maior retorno para o Estado Angolano, assegurando a participação das
empresas e dos quadros nacionais nas actividades da indústria e o benefício da
Sociedade nos resultados gerados.
A Visão é ser uma empresa de hidrocarbonetos integrada, competitiva e de
projecção internacional, com alto nível de desempenho na base das melhores
práticas de Governação das Sociedades. Estar sempre à altura dos nossos
compromissos com o Estado, Sociedade, Parceiros e os nossos empregados,
assegurando a criação de valor para os accionistas.
No que toca a Corporate Governance apesar
de ser uma empresa estatal, a Sonangol baseia a gestão financeira e
administrativa das suas empresas sob padrões de gestão de empresas privadas.
Para alcançar os níveis de eficiência e produtividade estabelecidos, a empresa
enfatiza a aplicação de modernos métodos de gestão que tornem o Grupo mais
transparente e eficiente ao mundo exterior.
1.1 O Petróleo
O petróleo[1]
era conhecido já na antiguidade, devido a exsudações e afloramentos frequentes
no Oriente Médio. No Antigo Testamento, é mencionado diversas vezes, e estudos
arqueológicos demonstram que começou a ser utilizado pelos humanos há quase
seis mil anos. No início da era cristã, os árabes davam ao petróleo fins
bélicos para além de servir para iluminação. O petróleo de Baku, no Azerbaijão,
já era produzido em escala comercial, para os padrões da época, quando Marco
Pólo viajou pelo norte da Pérsia, em 1271.
É consabida a importância do petróleo para a história da
civilizações, porém o que a maioria das pessoas ignora é que para além de todos
os benefícios e inovações que o petróleo trouxe para a humanidade, nos
primórdios tinha principalmente fins medicinais. Possuía dentre vários nomes,
os seguintes: óleo de pedra,
óleo mineral e óleo de nafta.
Por conseguinte, foi a partir dai que o mesmo começou a ter fins comerciais.[2].
No que toca a finalidade medicinal do petróleo, o mesmo
era considerado como remédio eficaz no tratamento da surdez, na cura de tosse,
bronquite, congestão pulmonar, gota, reumatismo e mau-olhado. Nos dias de hoje,
o petróleo, crude ou ouro negro constitui a maior fonte de energia do mundo e
os seus derivados são responsáveis pelo movimento das cidades, industrias e os
transportes.
A importância estratégica dessa commodity remonta a I Guerra Mundial (1914-1918). Nessa altura e
pela primeira vez foi usado o submarino com motor diesel (gasóleo), e o avião surgiu como nova arma. A transformação
do petróleo em material de guerra e o uso generalizado de seus derivados – era
a época em que a indústria automobilística começava a ganhar corpo – fizeram
com que o controle do suprimento se tornasse questão de interesse nacional. O
governo americano passou a incentivar empresas do país a operarem no exterior[3].
1.2 Exploração do Petróleo em Angola
De acordo com os dados da Sonangol, a primeira licença de
concessão para a prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos em Angola data de
1910 e foi concebido à firma Canha & Formigal, tendo como operadora a
companhia Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA). Esta concessão cobria uma área
de 114.0 km2 e compreendia a totalidade da parte terrestre das zonas
sedimentares do Congo e do Kwanza, localizadas entre as actuais cidades do
Soyo, a Norte, e do Sumbe, a Sul. O primeiro poço perfurado nesta concessão foi
o Dande n.º1, situado na margem esquerda do rio com o mesmo nome, e teve início
a 25 de Março de 1915, tendo atingido a profundidade de 602 metros sem quaisquer
resultados positivos. (Mapassi:1997).
A primeira descoberta comercial de petróleo veio a acorrer 40 anos mais
tarde, embora com proporções relativamente modestas, denominadas na altura,
‘Jazigo de Benfica’ e efectuada em 1955, na Bacia do Kwanza, nas proximidades
da cidade de Luanda, pela Missão de Pesquisas de Petróleo, uma subsidiária do
Grupo Belga Petrofina, ou Purfina. Em Julho de 1961, no prosseguimento dos
trabalhos iniciados pela Missão de Pesquisas, a então companhia operadora
Petrangol descobriu o primeiro jazigo de dimensão importante, o Campo de
Tobias, na região de Cabo Ledo, que não só garantiu a auto-suficiência de
Angola, em termos de petróleo bruto como também conseguiu destruir
definitivamente o cepticismo de muitos relativamente à existência do precioso
‘ouro negro’ no subsolo angolano[4].
De acordo com Mapassi (1997), em 1958, foi construída em
Luanda uma pequena refinaria (1000 ton/ano ou seja cerca de 20 bbl/d) pela
PETRANGOL do grupo belga Petrofina SA. O Governo Português detinha, na PETRANGOL,
acções nominais sem participação. Durante 1972/1973, a Refinaria de Luanda foi
substancialmente ampliada para 1,5 milhões ton/ano (30 0 bbl/d). Tratava-se de
uma refinaria convencional do tipo "Hidro
Skimming", cuja actividade estava essencialmente vocacionada para a
produção de LPG, Gasolina, Jet Fuel e Gasóleo para o mercado interno angolano[5].
Mapassi (2007) afirma ainda que a venda de produtos
derivados do petróleo, no País, até 1976 era efetuada pelas subsidiárias
angolanas da Shell, Texaco, Mobil e Petrofina, bem como pela Angol (subsidiária
da companhia portuguesa SACOR). De referir que em 1973 o petróleo tornou-se na
principal matéria de exportação. Em 1974 a produção chegou aos 172.000 bpd, o
máximo do período colonial. Em 1976, a produção total rondava os 100.000 bbl/d
e era proveniente de três áreas: Offshore
de Cabinda, Onshore do Kwanza e Onshore do Congo[6].
Segundo Mapassi (1997), a exploração de petróleo em Angola,
é feita principalmente em alto-mar em profundidades superiores a 1,200 m, razão
pela qual a maioria dos operadores no mercado angolano usa tecnologia de ponta
para exploração de hidrocarbonetos. Pelos custos elevados – cada poço em águas
profundas custa entre 20 a 50 milhões de dólares dos E.U.A – para se efectuar
cada empreitada arriscada do género, requer da empresa contratada poder
financeiro, experiência sobre prospecção, planeamento antecipado e cuidados e
perícia no trabalho a ser desenvolvido a posterior.
As estimativas disponibilizadas no final de 2012
apontavam para reservas de petróleo em Angola na ordem dos 12,7 mil milhões de
barris, que representavam 0,8% das reservas mundiais e faziam de Angola o 17º
país do mundo e o 3.o em África, com maiores reservas[7].
1.3 A Economia
Angolana e a Crise do Petróleo
Após três anos com preços acima dos USD 100.00, em 2014 o
mundo se deparou com a queda do preço do petróleo, cotado no início do ano em
USD 108.00, porém contra todas as estimativas em Setembro do mesmo ano se
iniciou a queda do preço.
O Professor alertou ainda que uma combinação de choque de
procura moderada (procura reduzida da China) e, mais visível ainda, os choques
de oferta que conspiram para criar a queda de preços, começando em Setembro,
acompanhada de mais incerteza sobre preços futuros.
De acordo com o Natural
Resources Governance Institute, “Angola
é o segundo maior exportador de petróleo na Africa Subsaariana e um dos maiores
fornecedores do mundo para os EUA e a China (...) O petróleo domina a economia
angolana, constituindo 58% do PIB e 80% da dos rendimentos do Estado”[8]. Com uma
contribuição de cerca de 45% para o Produto Interno Bruto (PIB), na ótica da
produção, o petróleo e as respetivas atividades de suporte constituem a grande
fonte de financiamento da economia angolana. Contudo, o país ainda não é
auto-suficiente em produtos refinados, continuando a ser um importador líquido,
designadamente, de petróleo e de gasolina[9].
Daí se pode aferir os elevados encargos financeiros que o
Estado Angolano e a Sonangol EP suportam para que a sociedade angolana usufrua
de combustível, apesar dos níveis de produção e de exportação.
De acordo com Pimentel (2011:16), “o mundo necessitará de quantidades cada vez maiores de energia a preços
acessíveis, inclusive para dar sustentação a um processo de desenvolvimento que
contribua para a redução do enorme hiato entre países ricos e pobres. Ao mesmo
tempo, o mundo precisará de energia cada vez mais limpa e renovável.” A
revolução energética americana, através dos combustíveis fósseis não
convencionais – petróleo e gás de xisto e petróleo das areias betuminosas –
combinado com uma nova oferta de outros países como o Iraque poderá ter
consequências geopolíticas não despiciendas[10].
Actualmente é comum ouvir-se falar da necessidade
premente do mundo procurar energias limpas que garantam cumulativamente a
sustentabilidade e reduzam as emissões de CO2 . Nesse contexto,
Pimentel (2011:21) chama atenção de que apesar da atual crise económica – ou
quem sabe, até por causa dela – a ideia dos limites para a utilização dos
combustíveis fósseis já ocupa o horizonte estratégico dos principais actores da
arena internacional, com destaque, naturalmente, para os grandes importadores
mundiais de energia: Estados Unidos da América (EUA), China, Japão, Índia e
União Europeia (UE).
Desde o princípio do ano
de 2014 que vários analistas ao redor do mundo, perspetivam que as projeções do
Departamento de Energia norte americano de produzir cerca de 3 milhões de
barris/dia de novo petróleo não convencional, provocará a queda continua dos
preços do crude nos principais mercados, bem como afectará de forma gravosa
países como Rússia, Irão, Iraque, Arabia Saudita, Colômbia, México, Venezuela,
sem esquecer de Angola e a Nigéria. Esses países têm em comum o facto das suas
economias dependerem das exportações dessa commodity.
Quando os preços do petróleo caem, o impacto mais imediato se dá nos
produtores de petróleo e o ecossistema que serve a eles, incluindo equipamento
e prestadores de serviços. Dentro desse grupo, porém, o efeito pode variar
dependendo da geografia, o tamanho e a alavancagem[11].
Na estratégia para uma Angola mais forte está já amplamente identificado,
pelos agentes económicos, um conjunto diversificado de metas: diminuir a dependência económica e financeira
do petróleo, aumentar e diversificar as exportações, diminuir as importações e
aumentar a produção para um mercado doméstico em crescimento[12].
Na última década, o país surfou uma onda perfeita de alta
da produção e dos preços do petróleo. Como resultado, as receitas da Angola com
o petróleo atingiram US$ 68 bilhões em 2012 – a última estimativa disponível -
em comparação a apenas US$ 13 bilhões em 2004, de acordo com o Departamento de
Energia dos EUA[13].
De acordo com o FMI (2015), a economia angolana é
vulnerável aos choques petrolíferos, entre 2011-2013 as receitas do crude
representavam 45% do PIB e as exportações de petróleo representaram 95% do
total das exportações e a receita petrolífera constituiu 80% do total das
receitas fiscais.
O Orçamento Geral do Estado de Angola para 2015 foi
aprovado com a estimativa do preço médio do barril de petróleo bruto de USD
81.00, estimando a produção petrolífera anual de 669,1 milhões de barris de petróleo.
O Executivo angolano está empenhado em
estimular a diversificação da economia. O estado deve criar estratégias
alternativas para reduzir a petro-dependência, por formas a evitar um colapso
económico nos próximos anos, pois de acordo com o Relatório da Económico da
Universidade Católica 2013, a exportação de petróleo continua a
representar mais de 96% das exportações totais, expondo-se, assim, às
vicissitudes dos mercados internacionais, não apenas o financiamento das
actividades do Estado, como o dos outros sectores económicos[14].
Corroboramos com Pimentel (2011) que propõe que se
trabalhe no planeamento e implementação de uma mudança incremental do actual
paradigma enquanto ainda se afigura exequível uma transição mais ou menos
suave, e antes que a necessidade se imponha pela força de circunstâncias fora
do controle.
O Relatório da UCAN alerta ainda que os riscos da
dependência extrema no sector de petróleo não advêm apenas da volatilidade dos
preços do petróleo (que são amplamente reconhecidos como mais voláteis de entre
as commodities), mas também da imprevisibilidade da produção de petróleo,
como mais à frente se documenta[15].
Para Rodrigues (2013), o aumento do preço do crude permite que a Sonangol e o
Estado angolano consigam arrecadar mais receitas, o cenário oposto, ou seja, as
frequentes crises provocam um impacto negativo no Orçamento Gera do Estado
(excessivamente dependente das receitas do petróleo) que, consequentemente,
originará uma necessidade hercúlea e sem precedentes de reajuste nas
estratégias de desenvolvimento do país.
2. As
Tecnologias Exponenciais
Quando se fala de Tecnologias Exponenciais remete a
implicitamente a Lei de Moore, a mesma prevê que o número de transístores
(componentes electrónicos) dobra a cada 18 meses enquanto o preço se mantem
constante. Gordon Moore, na época presidente da Intel, em 1965 anunciou essa
regra e até hoje a mesma funciona, e mais, se alargou a todos domínios da
ciência e da tecnologia.
Por outro lado, importa apresentar a ideia de Peter
Diamandis, co-fundador e presidente da Singularity University, além de autor do
livro Abundance: The Future Is Better Than You Think – na lista de best sellers no New York Times por nove semanas, mostra como as forças emergentes
conspiram para resolver os maiores problemas da humanidade[16].
A título elucidativo, apresenta-se o exemplo real seguinte: Até 1992 não se
acreditava que um computador, por mais sofisticado que fosse, pudesse superar o
ser humano no jogo de Xadrez. Contudo, em 1997, apenas 5 anos depois, o
computador Deep Blue derrotou o então
campeão mundial Garry Kasparov (Oliveira, 2013)[17].
Nessa senda, nota-se que a evolução do consumo de energia
elétrica entre 1970 e 1998 mostra que o consumo de petróleo e o de lenha vêm se
reduzindo em termos percentuais. Em contrapartida, estão crescendo o consumo de
cana-de-açúcar e o de energia hidroelétrica. A importação de petróleo, que
representava cerca de 50% no passado, tem caído lentamente e se encontra hoje
no patamar de 30%[18].
É comum ouvirmos na comunicação social matérias sobre
compromissos dos países, organizações supra-nacionais e internacionais sobre os
compromissos com a poluição e os seus efeitos, pelo que se impõem a aposta por
energias amigas do ambiente e renováveis.
Em consequência disso, nos últimos 10 anos, o número de
estudos científicos e tecnológicos sobre biocombustíveis cresceu de maneira
exponencial, segundo o banco de dados Web
Knowledge, do Instituto para a Informação Científica (ISI, na sigla em
inglês)[19].
As pesquisas científicas para a procura de um combustível ou tecnologia para
substituição dos combustíveis fosséis tem tido cada vez mais adeptos ao redor
do mundo, tendo em conta os factores ambientais, bem como os custos para
importação dos países não produtores.
Guarieiro, Torres e Andrade defendem que a busca por
combustíveis alternativos, que permitam reduzir a dependência dos derivados de
petróleo e a emissão de poluentes para a atmosfera, estimula muitos estudos
científicos. O objetivo é desenvolver combustíveis que possam ser utilizados
nos veículos existentes sem a necessidade de maiores alterações em seus motores[20].
Para ilustrarmos a nossa abordagem, nas alíneas
subsequentes apresentaremos alguns exemplos dessas novas tecnologias.
a)
A empresa suíça
nanoFLOWCELL desenvolveu um protótipo capaz de atingir os 380 quilómetros por
hora, acelerar dos 0 aos 100 em apenas 2,8 segundos e uma autonomia que
pode chegar aos 600 quilómetros. Tudo isto, movido por um novo tipo de baterias
que armazena energia numa solução de eletrólitos que se assemelha à água do
mar. Chama-se Quant E-Sportlimousine[21].
b)
Elon Musk, CEO da Tesla
Motors, construtora de automóveis eléctricos, anunciou a 12 de Junho de 2014,
uma novidade importante e que mudará os rumos de sua companhia. Segundo o
Presidente-executivo, a empresa quer estimular a inovação e, a partir de agora,
permitirá que qualquer pessoa ou corporação usem sua propriedade intelectual
para ajudar no desenvolvimento de carros elétricos[22].
No repto, o mesmo declarou
ainda que “A Tesla Motors foi criada para acelerar o advento do transporte
sustentável", declara, “se nós abrimos o caminho para a criação de
veículos elétricos, mas, em seguida, inibirmos outros, estamos agindo de
maneira contrária a esse objetivo”[23].
c)
A Toyota, construtora
japonesa, lançou a 12 de Novembro de 2014 o novo modelo Mirai, que já foi
lançado na União Europeia em Janeiro de 2015, é um veículo com uma autonomia de
até 483 quilômetros e pode ser recarregado com hidrogênio em questão de cinco
minutos.
d)
A
empresa alemã chamada Sunfire GmbH anunciou a sua mais nova criação: uma
tecnologia chamada Power to Liquid
que consegue transformar água e gás carbônico em gasolina sintética. Cada
molécula do líquido (H2O) e do gás (CO2) passa por um procedimento
em que os átomos de oxigênio são removidos de suas fórmulas. O que resta das
duas cria a partícula básica para uma gasolina alternativa (-CH2-)[24].
A preocupação com a poluição e a emissão de gases nocivos pelos motores
movidos a combustível fóssil é extensiva a indústria aeronáutica, devido as já conhecidas
pressões dos ambientalistas e da crescente preocupação dos governos com as
alterações climáticas, em virtude de se estimar que os motores dos aviões são
responsáveis pela emissão de cerca de 2% de CO2 na atmosfera. Assim, A Boeing,
montadora norte-americana de aviões, a pedido da NASA, desenvolveu o SUGAR Volt, um protótipo de avião híbrido que utiliza energia elétrica
para voar. Carregado com baterias nos aeroportos, o novo jato queima 70% menos
combustíveis que os modelos convencionais[25].
3 Tripla Hélice
como estratégia para resilience da
economia.
A discussão acerca da
Tripla Hélice ou Cooperação entre Governo-Universidade-Empresa, aponta para uma
necessidade de convergência entre os interesses desses agentes, destacando como
factor de relevância o tipo de pesquisa desenvolvida pelas universidades e os
objetivos que estas almejam alcançar, quais sejam: avanço científico, aplicação
prática ou avanço científico associado à aplicação.
Esta denominação foi definida em analogia à Hélice Dupla
da descrição do ADN na biologia molecular na, na qual ocorre a interação de
diferentes pares de base química, expressando diferentes características
genéticas. Luciano Valente diz que o termo Hélice Tríplice, foi cunhado por
Henry Etzkovitz em meados dos anos 1990, para descrever o modelo de inovação
com base na relação Governo-Universidade-Indústria. Somente através da
interação desses três actores é possível criar um sistema de inovação
sustentável e durável na era da economia do conhecimento[26].
Estudos apontam que essa cooperação iniciou no período
pós segunda guerra mundial. Outros autores como Ipiranga e Horta (2009) chamam
o modelo da cooperação universidade, empresa e governo de Triple Helix. De
acordo com as pesquisas, o modelo surgiu pela observação da atuação do MIT
(Massachusetts Institute of Technology) e da sua relação com o pólo de
indústrias de alta tecnologia em seu entorno. Para Ipiranga e Horta
(2009), o modelo apresentado por Sábato e Botana (1968) é representado
graficamente por um triângulo, no qual o governo ocupa o vértice superior,
enquanto os vértices da base são ocupados pela infra-estrutura
científico-tecnológica e pela estrutura produtiva. Essa estrutura é conhecida
como o Triângulo de Sábato (2009).
Na década de 50, Robert Solow criou um modelo
matemático que demonstrava como vários factores interagem, contribuindo para
criar o crescimento económico sustentado num país. Demonstrou pela primeira vez
que avanços no ritmo de progresso
tecnológico contribuem mais para o crescimento económico do que o
aumento dos capitais ou da força de trabalho (Rodrigues:2013,32).
Assiste-se a uma transformação do modo de produção capitalista
tradicional para uma economia que utiliza intensivamente o conhecimento e
procura por capital humano como forma de agir com antecedência às mudanças
Etzkowitz e Leydesdorff (1999) citados por Dos Santos (2011). Para Torelli
et al (2012:26), o mercado está cada
vez mais ávido por novidades e as empresas estão preocupadas em acompanhar
essas tendências. Nesse contexto, as universidades são levadas a repensar o seu
papel. Numa visão mais gerencial, elas devem oferecer infraestrutura de geração
de conhecimento útil para o setor produtivo bem como para a sociedade.
Essa preocupação tem unido universidades e empresas, em quase todos os
países, a aproximação entre essas instituições já é uma realidade e tem-se
intensificado nos últimos 20 anos. Uma das maiores responsáveis por isso é a
revolução tecnológica em curso, que traz uma obsolescência cada vez mais rápida
de processos e produtos. Denota-se a relevância da aposta da inovação para dar
resposta não só as necessidades crescentes dos cidadãos, como também para dar
as empresas vantagens competitivas que permitem manter-se no mercado.
De acordo com Schumpeter (1985) citado por Dos Santos
(2011), o Desenvolvimento surge quando as novas combinações (inovações)
aparecem de forma descontinuada levando: 1) À introdução de um novo bem; 2) À
introdução de um novo método de produção; 3) À abertura de um novo mercado; 4)
À conquista de uma nova fonte de matéria-prima; 5) ao estabelecimento de uma
nova organização (Ex: formação de um monopólio).
3.1
A Inovação
A
consequência imediata da cooperação Governo-Universidade-Empresa é a inovação.
Há uma tendência de confundir-se o termo inovação
com a invenção. Para elucidar o
leitor, a inovação é uma ferramenta ao dispor do empresário para explorar
oportunidade, diferenciação Peter Drucker (1988) citado Santos, Fazion &
Meroe (s/d).
Quando se
trata de inovação, convém referir-se ao Manual de Oslo (2005) que considera-a a
criação e aplicação de novo conhecimento ou na recombinação de conhecimento
existente, de modo a criar produtos, serviços, processos e formas de organização
que sejam novos ou significativamente melhorados. Fica subjacente a ideia de
que a inovação tem como finalidade criar ou agregar valor para a organização.
Por essa razão há que empreender esforços para alterar o status quo, ter noção dos desafios a enfrentar e, por último ter
objectivos bem delineados. Em outras palavras, a inovação é e deve ser vista
como um desafio estratégico.
A relevância do processo de inovação tecnológica em
empresas tem-se refletido no desempenho económico dos países em que elas se
inserem, uma vez que esse desempenho se apoia em grande parte no
desenvolvimento e utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (OECD,
2000). Recorde-se que Schumpeter (1988) defendeu que a inovação tecnológica era
um meio de criar ruptura na economia, retirando do ponto de equilíbrio através
da mudança dos padrões de produção e produzindo diferenciação entre as
empresas.
Há que contextualizar a sociedade em que nos inserimos,
pois a identificação dessas mudanças depende da unidade de análise, ou seja,
algo pode ser inovador num país, mas não em outro. Entende-se que a cooperação
Governo-Universidade-Empresa deva estar em sincronia e sintonia constante e
funcionar como uma engrenagem, como ilustra a figura abaixo. O Governo deve
assumir um commitment para tornar não
só exequível a cooperação, como também criar mecanismos para que a mesma seja
frutuosa.
Ilustração 1 - Resultado da Trípla Hélice
Fonte: Adaptado pelo autor.
1
- O Governo (Estado) – Como fonte das políticas públicas deve traçar
estratégias de fomento, regulação, financiamento para que se dinamize as
pesquisas científicas que resultarão no desenvolvimento tecnológico do país;
2
- As Empresas devem absorver e usar o
conhecimento científico para a produção de bens e serviços para os cidadãos;
3
– A Universidade deve criar espaços e estimular nos estudantes e
docentes a pesquisa científica para a produção de inovações tecnológicas.
Por essa razão, cabe aos Estados, nesse caso ao Estado
angolano e a Sonangol EP criarem parcerias com as universidades nacionais, pois
como destacou Etzkowitz (1998, p. 825) citado por Mendes & Mendes (2011),
"a emergência da universidade como
um participante liderando o desenvolvimento económico de sua região”. Partindo
do princípio que a Universidade tem como fim realizar pesquisas científicas e
transmitir esse conhecimento a sociedade, assim acredita-se que se estarão a
criar bases sólidas para a diversificação da economia.
No caso da Ciência e Tecnologia, (Torelli, Zambale,
Almeida & Marquesini:2012) acreditam que as políticas públicas têm como
papel principal possibilitar um cenário inovador. A sociedade do conhecimento,
como vem sendo denominada, é construída com base em um posicionamento firme dos
órgãos públicos na implementação de políticas que incentivem a inovação e
viabilizem a transferência de tecnologias geradas em universidades e demais
centros de pesquisa para o benefício da sociedade.
Um dos benefícios para além do aumento da pesquisa e
conhecimento científicos, será também a criação de postos de trabalho, condição
indispensável para a redução da pobreza. Por essa razão, Chaimovich (1999) citado por Mendes e
Mendes (2011) afirmou que as relações entre universidades e empresas, além de
facilitarem a melhor difusão e transferência de novos conhecimentos, podem
promover a criação de empregos e o aumento de renda quando bem-sucedidas, o que
representa enormes ganhos para essas instituições
Citando como exemplo o
caso do Brasil, com base na Lei n° 10.973, de 2 de Dezembro de 2004, visando o
estímulo dessa cooperação, o
Governo criou os seguintes fundos que servem como incubadoras de inovações
tecnológicas: Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FNDCT) ; Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica, Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP) e Fundações de Apoio à Pesquisas (FAPs).
Ainda usando a República Federativa do Brasil como
referência, segundo Ipiranga e Horta (2009), o crescente sucesso na cooperação
Governo-Universidade-Empresa, resulta da adesão das universidades, porquanto
estas, sobretudo as públicas, são o cerne das pesquisas científicas e,
principalmente, porque essas instituições recebem recursos financeiros que
apesar de escassos, se configuram fundamentais para a pesquisa e produção do
conhecimento científico.
Actualmente, as universidades destacam-se como fontes naturais de inovação
devido ao grande fluxo de capital humano na forma de estudantes que são
potenciais inovadores de acordo com Etzkowitz (2003) citado por Dos Santos
(2011, 47). Para o mesmo autor, o capacidade de geração de receitas em empresas
tem atraído a atenção dos governos, que por sua vez criam um quadro para estimular
as parcerias para gerar o aumento da competitividade e, consequentemente,
alavancar a economia.
Para o caso de Angola, a Sonangol EP criou em Fevereiro de 2005, o
Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), tendo
iniciado as actividades em Marco de 2012, com a oferta de seis cursos de
Engenharia (Mecânica, Civil, Eletrotécnica, Informática, Química e Produção
Industrial) e dois cursos das áreas das Ciências Sociais Aplicadas (Economia e
Gestão). Porém essa iniciativa, de per si,
não se enquadra na cooperação Governo-Universidade-Empresa, o que desde já se
afigura preocupante, pois é possível fazer desta unidade uma incubadora de
inovação tecnológica, através do estímulo a pesquisa cientifica e capacitação
da massa crítica existente, cujos resultados poderão criar valor à empresa.
A preocupação com as tecnologias exponenciais existentes e cada vez mais
divulgadas, particularmente as ligadas aos biocombustíveis, decorrem do facto
das mesmas produzirem combustíveis alternativos compatíveis com as tecnologias
actuais utilizadas nos motores de combustão interna (gasóleo, gasolina, gás e jet fuel) o que indicia que uma
disrupção ou descontinuidade do uso de combustíveis fosseis está ou poderá
estar mais breve do que perspectivamos e, caso ocorra, as suas consequências
replicarão negativamente não só nas receitas da Sonangol EP e,
concomitantemente na sustentabilidade económica do país.
Conclusões
Conclui-se que as tecnologias exponenciais, dada a sua
velocidade e inevitabilidade, sejam a principal “ameaça” para as economia
angolana que ainda depende muito do petróleo, pois apesar de inúmeras reservas,
poder-se-á dar o caso de ocorrer uma disrupção do uso dos combustíveis fosseis
nas mais variadas indústrias, o que terá consequências para a sustentabilidade
do Estado, mais graves que a baixa do preço no mercado.
Outra das conclusões a que chegamos, está relacionada com
a necessidade do Estado (Governo), a Sonangol e as universidades nacionais
conjugarem esforços para enveredarem pelo modelo Tripla Hélice, não só para
gerar inovação tecnológica para a resilience
do Estado e da empresa a futuros “crash”
do petróleo, como também para a criação de bases para a diversificação da
economia, arrecadação de divisas,
geração e fomento de emprego, arrecadação de receitas fiscais e
desenvolver produtos e serviços mais baratos e sustentáveis, o que poderá
alavancar a economia, através da exploração de outros recursos naturais,
abundantes em Angola, não só minerais, como hídricos e agrícolas.
Acredita-se que para a
Sonangol, a cooperação com as universidades terá reflexo no futuro da empresa,
pois o conhecimento cientifico gerado e correctamente absorvido poderá
potenciar a gestão estratégica da holding,
na medida em que criará bases para a sustentabilidade da mesma e poderá ser uma
premissa para o desenvolvimento de novos produtos e serviços no core business e na cadeia de valor da
companhia, visando a conquista de novos mercados, nacionais ou internacionais,
que beneficiarão a empresa, em primeira instância, a
sociedade angolana e a economia nacional em geral.
Apesar do presente artigo abordar a questão da Sonangol
EP, a Cooperação Governo-Universidade-Empresa é aplicável aos demais sectores
da economia angolana, pelo que o Governo poderá obter a partir dessa relação
uma maior conhecimento cientifico sobre os sectores e soluções tecnológicas que
repercutirão positivamente na eficácia nas políticas públicas, sobretudo no
item “diversificação da economia”, na criação de novos produtos, serviços,
mercados e concludentemente na obtenção de mais receitas vindas, criar maior
competitividade entre as empresas, elevar a qualidade e prestígio das
universidades e pesquisadores nacionais, na criação de bases para o crescimento
económico sustentável e como externalidade positiva que poderá resultar dessa
cooperação, apontamos a sustentabililidade/resilience
da economia angolana e a melhoria da condição social e económica dos cidadãos.
Referências
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Artigo
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Desafios, Recife, v. III, nº5, Outubro de 2012.
[1] (do
latim petroleum, petrus = pedra e oleum =
óleo, do grego πετρέλαιον [petrélaion], "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion] óleo de oliva, qualquer substância oleosa, no sentido de
óleo bruto), é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a
água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou
castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Fonte:
Wikipédia, 2014.
[17] Vide Joao Paulo Oliveira, Discutindo
Tecnologias Exponenciais na SU, 8 de Julho de 2013 em http://info.abril.com.br
[18] Vide Energia
Verde, Instituto Ciencia Hoje, 19 de Setembro de 2011, http://cienciahoje.uol.com.br
[20] Vide Energia
Verde, Instituto Ciencia Hoje, 19 de Setembro de 2011, http://cienciahoje.uol.com.br
[21] Vide Automoveis
Eletricos – nanoFLOWCELL: Uma nova tecnologia que promete revolucionar os
automoveis ligeiros em http://obsrvador.pt em 22 de
Outubro de 2014.
[24] Vide Alemães
conseguem criar gasolina sintética a partir de água e gás carbônico, Tecmundo
24 de Novembro de 2014, em www.tecmundo.com.br
[26] Entrevista de a Valente no
Brasil, Henry Etzkovitz esteve no Brasil em novembro, para participar do
"Seminário Hélice Tríplice na América Latina: Conhecimento para
Inovação", organizado pela PUC-RS e pelo Fórum Nacional dos Gestores de
Inovação e Tecnologia (Fortec).